terça-feira, 10 de julho de 2018

Crônicas | PATERNIDADE FERIDA


Estive pensando por estes dias, nos pais que simplesmente abandonam seus filhos, sem um motivo aparentemente forte, digamos que mais forte que um “laço” de fraternidade rompido.
Pensemos juntos, uma pessoa que é abandonada por motivos ‘banais’, deveria ter tudo para ser revolto na vida, deveria ter tudo para apertar no pausa e esperar que as coisas acontecessem do nada sentado num banco na varanda da casa, devia ter tudo para não querer construir nem desejar mais nada, porque só quem sabe o significado da palavra abandono, sentiu exatamente tudo o que escrevi nas últimas palavras. E sim os motivos são banais, independente da situação, porque filhos não se abandonam jogados à sorte!
E para quem fica resta apenas duas escolhas.. Baixar a cabeça e se perguntar todos os dias: Porque eu? ou Levantar a cabeça e seguir em frente, rumo a conquistas nunca inimagináveis.
E sim, é lindo ver como muitas mães assumem a responsabilidade de Pais e educam seus filhos da melhor forma possível.
É lindo ver como muitos filhos não se prevalecem deste abandono para se tornarem marginais pelo meio da sociedade. É incrível ver como muitos se tornam os melhores no seu ramo, os melhores na família, os melhores para si mesmos.
Mas, se na verdade a presença dos pais estivesse constante desde a concepção... Como deveria ter sido esta história? Diferente. Cheia de significados ou resinificados. Cheia de troca de experiências. Cheia de presença, presença de Pai, que muitas vezes não são mais que meros mortais, porém para todo filho tem uma capa invisível de Super Herói. Super Pai.
A pergunta que não cala, é quem perde Nessa história?
Os Pais, que diga-se de passagem são meros babacas, que perdem de ver como seu filho(a) chegou ao auge da vida, perdem de ver seus filhos se tornarem homens e mulheres de bem, cheios de força e vontade de vencer. Principalmente, perdem os pequenos momentos da vida, que se tornam significados bem maiores que nosso tamanho, a cada preciosa chance de serem vividos.
 O que dizer das mães que ficam? Que muitas são enganadas por “papos ao pé do ouvido” e muitas se deixam ser enganadas quando dormem com canalhas a qualquer preço, seja esse o da felicidade ou o de retorno financeiro.

Tudo isso não se enquadra em apenas Pais, embora sejam a maioria, mais se enquadram em Mães também.
Por fim. Para onde essas pessoas vão? Onde se escondem? Que fim se dão?
Perguntas sem resposta. Só Acho que a parte mais difícil nisso tudo, é querer encontrar uma pessoa que não quer ser encontrada.


É isso!

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